Amoras, depois que comprei o "Destrua este Diário", fiquei curiosa para compreender com mais precisão as ideias e objetivos originais deste projeto...
Pesquisando achei um pouco do porque da Elaboração deste Diário (Tão destrutivo e construtivo ao mesmo tempo) e vim aqui compartilhar com vocês é claro....
(Clique no link acima que irá para a Página Original)
Em Destrua este diário, a ilustradora e artista canadense Keri Smith criou uma maneira diferente de entreter o leitor. Com sugestões lúdicas e inusitadas, o livro estimula a criatividade e a fuga do cotidiano convencional. A edição norte-americana teve mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos.
Veja aqui a entrevista concedida por Keri à Penguin Books:
Como surgiu a ideia de criar Destrua este diário?
Embora superficialmente possa parecer que Destrua este diário é um truque ou uma ação de marketing, posso garantir que não é. Seu significado é mais complexo que isso:
— Tenho grande admiração pelo trabalho do grupo Fluxus, que criou o conceito de “happenings“, eventos que ao mesmo tempo celebram o absurdo da vida e promovem o deleite com o mundano.
— Estou ridicularizando um pouco o consumismo (comprar algo para depois destruí-lo).
— É uma forma de transpor bloqueios criativos, levando-nos muito além do medo da página em branco.
— Acredito que pequenos atos de rebeldia no cotidiano podem acabar evoluindo para atos maiores, capazes de transformar vidas. Quando você começa a questionar coisas em pequena escala, passa a questionar tudo.
— Eu queria criar um livro que se baseasse no uso de qualquer coisa que esteja à nossa volta no momento (fazendo com que as pessoas notem coisas que talvez não percebessem). Há páginas que pedem para ser sujas com lama etc.
Uma das minhas citações favoritas é:
“Questionar o habitual. Mas é justamente isso, estamos habituados a ele. Nós não o questionamos, ele não nos questiona, não parece representar um problema, nós o vivemos sem pensar, como se não contivesse perguntas nem respostas, como se não fosse portador de qualquer informação. Não é nem mais condicionamento, é anestesia. Passamos nossa vida dormindo um sono sem sonhos. Mas onde está nossa vida? Onde está nosso corpo? Onde está nosso espaço?” — Georges Perec
Como as pessoas reagiram?
Acho que algumas pessoas se sentem um pouco desafiadas e têm dificuldade de ir contra todas as convenções normais e contra a forma como foram ensinadas a lidar com livros. Um crítico escreveu: “Os livros de Keri Smith podem destruir anos da educação dada pelos pais!” Isso só me fez rir. É um grande elogio para mim. O maravilhoso foi ver a diferença na forma como ele foi recebido por adultos e por crianças. Os adultos expressaram medo e hesitação; já as crianças aceitaram a proposta do livro sem titubear, especialmente nas partes mais desafiadoras (leve o diário para o banho, suba em um lugar alto e deixe o diário cair, perca uma página). Adoro ver que as crianças não têm medo dele, enquanto os adultos precisam lutar contra uma vida inteira de costumes sociais.
Por que é importante quebrar as regras?
Como eu falei antes, acredito que pequenos atos de rebeldia realizados no cotidiano podem acabar virando atos maiores, capazes de transformar vidas. Quando você questiona as coisas em pequena escala, passa a questionar tudo. Isso é importante para ajudar a desenvolver o pensamento crítico. Nosso sistema de ensino se baseia em aprender a agradar e obedecer aos professores, o que faz dele uma instituição ultrapassada e disfuncional. É muito difícil se livrar de anos de programação criada pela nossa cultura de massa e pelas nossas instituições, mas minha esperança é que, ao incentivar as pessoas a participar de minirrevoluções, uma pequena chama se acenda nelas e dê início ao processo de “desprogramação”.
Quem são seus heróis e por quê?
Italo Calvino (pois ele joga com o leitor), Georges Perec (porque ele nos convida para brincar com ele), Corita Kent (porque ela era uma revolucionária e uma especialista em nos ensinar a “enxergar”), Alan Fletcher (pois ele ensina a ver as coisas de perspectivas diferentes e não levar a vida tão a sério), Carl Jung (porque ele descreve o que significa ser humano), Bruno Munari (porque ele ensina a não levar a vida tão a sério), o Buda (porque ele nos ensina que não somos o nosso ego e que precisamos viver no momento presente).
A Autoria Keri Smith tem um blog.
Compartilho com vocês porém ainda não vi na totalidade...
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